Kim conta que passou por muito ódio e opressão após ter sido queimada na explosão. "Eu tinha dor física e emocional. Sentia-me oprimida, porque o governo me controlava. Quando olhava a imagem, parecia que aquilo tinha acontecido ontem. Dia e noite eu tinha de conviver com a dor e me perguntava 'por que eu?', 'por que eu não morri naquele momento?'".
A vida de Kim mudou no dia 8 de junho de 1972, quando o vilarejo em que vivia, Trang Bang, ao Norte de Saigon, capital do Vietnã, foi atacada pelo exército americano. Kim e sua família estavam escondidas em um templo e ela correu para fugir da explosão da bomba napalm, feita de gasolina e chumbo, que libera muito calor e causa queimaduras de terceiro grau. A garota foi fotografada por Nick Ut, da Associated Press, enquanto corria nua em uma rua, gritando por causa das queimaduras. O fotógrafo a levou para o hospital Barsky. Depois do episódio, Kim passou por diversos procedimentos cirúrgicos e a imagem virou símbolo da Guerra do Vietnã.
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