sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Facvest está ranqueada como a sétima pior instituição de ensino superior do Brasil

Lages, 18/11/2011, Correio Lageano

Facvest está ranqueada como a sétima pior instituição de ensino superior do Brasil de acordo com estudo que usa os dados da prova do Enade 2010. O índice foi feito pelos economistas Cláudio de Moura Castro, Aldo Giuntini e Luciana Lima que avaliaram as notas e a média aritmética dos resultados dos alunos definiu a colocação de cada instituição. O diretor da Facvest, Geovani Broering, contesta os resultados e diz não saber quais os critérios utilizados na pesquisa.

O diretor da Facvest diz que o dado apresentado pelos economistas está errado. “O número de instituições que ele apresentou (1.141) é bem diferente do número daquelas que prestaram o Enade, que são cerca de 2.300”, explica.

Para ele, a falta de cultura da avaliação na região de Lages também contribui para o resultado. “Vários alunos fizeram somente a parte objetiva e não a discursiva da prova”, diz Broering, mostrando o resultado de um estudante que fez isso. “Para cada aluno que deixe a prova em branco, eu preciso de outro que tire 10 e ainda sim a média fica em 5. O Enade, diferente do Enem, não dá nenhuma recompensa ao avaliado, ele simplesmente precisa fazer para que pegue o diploma, mas a maneira que ele vai responder a prova não conta. Como a instituição vai obrigar o aluno a fazer a prova?”

Segundo o mesmo estudo, a instituição é também a pior do Estado. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), são cerca de 3.400 alunos matriculados na instituição, quase a metade do total de pessoas cursando o ensino superior em Lages.

O membro do Conselho Estadual de Educação, Gilberto Sá, lamenta o resultado, mas acredita que aFacvest irá tomar as atitudes necessárias para melhorar o ranqueamento. “É como um pai, quando vê um filho doente, ele vai fazer de tudo para que melhore”. Ele explica que o Enade não deve ser tomado como um índice de qualidade pleno. “Não pode ser olhado puro e seco, ele foi feito para acender uma luz vermelha de alerta. Serve como um termômetro”, explica.

O Enade, segundo Gilberto, não deve ser tratado como um mero índice de ranqueamento. “O exame serve para ver onde estão os problemas. É um indicador para tomadas de decisões das instituições, não é para punir, é para servir como um processo de aprendizagem da instituição”. Broering apoia a avaliação, mas acha que ela deve sofrer algumas readequações para que o aluno seja responsabilizado pela nota, mas afirma que, através dela, é possível ver onde estão as prioridades. “Nós readequamos nossa biblioteca, contratamos mais professores e fizemos investimentos na infraestrutura, agora esperamos que o próximo resultado seja melhor”, diz o diretor.

Na avaliação de Gilberto Sá, o resultado é ruim para Lages. “Se temos um ensino superior de qualidade, temos uma cidade atrativa”. Hoje Lages tem outras duas instituições de ensino superior com cursos presenciais. Uma é a Uniplac, que enfrenta dificuldades financeiras e sofre intervenção judicial no momento. Outra é a Udesc, que abriu curso novo este ano e tem duas faculdades que estão entre as melhores do Brasil em suas áreas: agronomia e veterinária. “Nosso ensino superior está crescendo, mas isso não pode ser um processo feito de qualquer forma, tem que ser pensado e analisado”, diz Gilberto.


Instituição já tem 12 anos de história

Fundada em 1999, a Facvest foi a primeira instituição de ensino superior privada em Lages.
Mais recentemente vem lutando na justiça para se tornar Centro Universitário, e, por certo período passou a se chamar Univesc, mas o antigo nome teve que ser retomado porque o processo está sub judice.

Em junho deste ano, o Correio Lageano noticiou que a Facvest foi a única em Santa Catarina que precisou reduzir o número de vagas para o curso de direito, já que o conceito preliminar de curso, medido pelo MEC, foi de 1,56, considerado insatisfatório pelo ministério. Foram 48 vagas a menos.
  
O diretor, Geovani Broering, alegou que, de 113 estudantes, 64 haviam deixado a prova em branco, o que prejudicou o curso na nota final.

No começo de 2010, a Facvest enfrentou problemas com uma nova edificação, que foi embargada pela prefeitura. Os problemas foram solucionados e o prédio foi liberado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Facvest lixo. Paguevest$. Fabrica de Diplomas.

Anônimo disse...

Me que poca vergonha!os academicos pagando por um ensino de mal qualidade!!facvest ECA

Docente enganada disse...

Isso porque ninguém avaliou o modo animalesco como os docentes são explorados e desrespeitados pela instituição. O dia que fizerem essa pesquisa, a sociedade manda fechar as portas desse lugar, por comoção e solidariedade a todos que sofrem nas mãos destes sanguessugas.

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