quinta-feira, 15 de março de 2012

Poucas escolas de Lages aderiram à paralisação

 
A última quinta-feira (15), ficou marcada como o Dia Estadual de Paralisação e Assembleia Estadual para professores da rede de educação de Santa Catarina. Após analisar a proposta apresentada pelo Governo do Estado, em assembleia, realizada no Centro de Eventos Centro Sul, em Florianópolis, o Sinte optou por recusar a proposta e aguardar até o dia 17 de abril.Caso uma nova posição do Estado e, caso nada seja apresentado, uma nova assembleia será marcada.

Em Lages, das 22 unidades da rede estadual de ensino, segundo informações dos diretores e assessores de direção de cada escola, 10 mantiveram as aulas normalmente, nove aderiram parcialmente e, na EEB Nossa Senhora do Rosário, no bairro Coral, houve maior índice de paralisação, onde apenas um professor trabalhou.

Da regional de Lages, aproximadamente 300 professores vinculados à rede foram participar da assembleia, em Florianópolis, que tinha como foco debater a proposta de reajuste apresentada peloGoverno do Estado no dia anterior. Destes, 100 são das escolas de Lages. A proposta prevê o reajuste de 22,22% para os professores que recebem o piso, divididos em duas parcelas e sem validade para os demais níveis salariais.

A classe briga pelo pagamento do reajuste na totalidade e que seja aplicado ao plano de carreira, grande batalha da categoria nos últimos anos. Para a Gerência Regional de Educação (Gered), aparalisação não foi expressiva. De acordo com a gerente Maria de Fátima Ogliari, a Gered recebeu orientações da Secretaria de Estado da Educação (SED) e os professores que paralisaram levarão falta sem justificativa pela ausência no trabalho em dia considerado normal.

Com o anúncio da paralisação, muitos alunos não compareceram às escolas, mesmo em algumas turmas em que os professores não aderiram. Fátima explica que, nestes casos, será avaliado junto à SED, para saber se contará ou não falta para os professores. “Vamos analisar a situação dos professores que compareceram e bateram o cartão, mas não deram aula porque não tinha alunos”, diz.

Professores rejeitam proposta do governo

A assembleia e o dia de paralisação fazem parte da programação da greve nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Dentre as reivindicações apresentadas pela categoria está a garantia do cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial profissional nacional à carreira do magistério.

A Direção Executiva do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) analisou a proposta apresentada pela Secretaria da Educação e concluiu que “a mesma é uma afronta aos direitos dos trabalhadores em educação do Estado de Santa Catarina, pois desrespeita a lei dopiso, o quadro de carreira e principalmente os acordos da greve de 2011”.

Paralisação

• Escolas que funcionaram normalmente: Francisco Manfrói, Frei Nicodemos, Ilza Amaral de Oliveira, Maria Quitéria, Egídio Baraúna, Visconde de Cairu, Zulmira Auta da Silva, Armando Ramos de Carvalho, Godolfin Nunes de Souza, Prof. Jorge Augusto Neves Vieira

• Escolas que aderiram parcialmente: Belisário Ramos, Cora Batalha da Silveira, Pinto Sombra, Lucia Fernandes Lopes, Melvin Jones, Flordoardo Cabral, Rubens de Arruda Ramos, EEB de Lages, Vidal Ramos Junior

• Escola que paralisou totalmente: N. Sra. do Rosário (apenas um professor, dos 30, estava trabalhando)

• Não soube informar:
São Judas

• Apenas um professor parou: Vidal Ramos


Nenhum comentário:

Postar um comentário