sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Trabalhos para o Brilho de Natal não começaram


Lages, 21/10/2011, Correio Lageano
  
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages desistiu de organizar o Brilho de Natal deste ano, que vai ser de inteira responsabilidade da prefeitura, que já criou uma comissão para coordenar o evento, mas os trabalhos só começam na semana que vem.

A vice-presidente da CDL, Rosani Pocai, explica que a crítica de anos anteriores sobre o Brilho deNatal organizado pela entidade, somado aos gastos, foram os motivos da desistência. “A gente resolveu não fazer a decoração, porque chegamos à conclusão que não temos competência para fazer isso. Quando a gente fez, só fomos criticados, então, não está agradando”.

Ela explica que a entidade estava gastando o dinheiro dos associados e o resultado estava sendo ruim. “O natal que a gente espera, que é aquele de dez anos atrás, não volta, porque foi muito caro”. Ela explica que, na época, a CDL não conseguiu pagar as contas quando ajudou a organizar.

Rosani explica que já se tentou fazer um projeto através da Lei Rouanet para trazer atrações culturais, mas não deu certo porque não se conseguiu captar dinheiro com as empresas.
Para se ter uma ideia, no ano passado, a CDL gastou cerca de R$ 150 mil em Lages, o que representa um gasto de cerca de R$ 150 para cada um dos associados da entidade.

Mas, o presidente, Nilton Alves explica que alguns lojistas não têm condições de custear esse valor. “Tem comércio que a gente não consegue cobrar isso”. Ele diz que foram feitas pesquisas em que se notou que o Brilho de Natal ajuda nas vendas, mas não incrementa substancialmente a renda dos comerciantes.


Para a vice-presidente da CDL, do jeito que está sendo feito o Brilho de Natal, não se consegue atrair pessoas para o comércio. “Para fazer uma coisa bem feita, precisaria de uma equipe para trabalhar o ano inteiro, ir atrás de recursos, fazer projetos para Lei Rouanet, etc”.

Flávio Agustini, que era responsável pelo Brilho de Natal em Lages no início da implantação do projetoBrilho de Natal, diz que naquela época havia uma melhor parceria entre os empresários e o poder público. “Havia muita criatividade, tinha o Brilho nos Bairros, que premiava as melhores decorações das casas”. Ele acha que para melhorar deveria haver uma estratégia pensada pelo poder público, que coordenaria o processo.

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Decoração da Nereu Ramos e da Coronel Córdova está garantida

Nas ruas Nereu Ramos e Coronel Córdova, 30 comerciantes se juntaram para fazer a decoração deNatal. O proprietário da franquia Cacau Show, Zulmiro Klann, explica que, no primeiro ano (que foi o mais caro) cada um investiu cerca de R$ 600.

“Se você tem uma rua bonita, as pessoas aparecem para visitar. Se chama Brilho de Natal porque as pessoas vêm atrás do brilho. Muitos clientes vêm com a família passear, e isso se reverte em vendas”. Segundo ele, o comerciante deveria pensar nisso como investimento. Este valor é quatro vezes maior que o pago pelos associados da CDL.

Ele acha que o Brilho de Natal não deveria acabar, mas que não se pode colocar a responsabilidade apenas no poder público. “O que tem que acontecer é o pessoal se mobilizar e fazer o que a gente faz aqui na quadra. Acho que a cidade inteira poderia fazer isso”.

“Ao invés de ficar esperando o poder público, o pessoal tem que se mexer e investir. Se cada um fizer sua parte e dividir os custos, fica barato para todo mundo”, conclui Klann. No sistema adotado pelos comerciantes das ruas centrais, eles pagam somente a decoração, já que a instalação é feita pela prefeitura.

Fonte: http://www.clmais.com.br/informacao/26558

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