sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dias parados serão descontados

Lages, 17/06/2011, Correio Lageano

Em assembleia regional, realizada na tarde desta quinta-feira, no Centro de Educação Básica Vidal Ramos Júnior, a decisão foi de dar continuidade à greve. Novo posicionamento só poderá ocorrer na semana que vem, durante a assembleia estadual.

Apesar disso, a diminuição na quantidade de professores participantes da terceira assembléia regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) revela que o movimento se enfraqueceu após ameaças de desconto dos dias parados. Mesmo assim, a manutenção da greve corre em meio às desistências de alguns professores.
  
Segundo Maria de Lourdes Kumm Silva, que está no comando de greve, o movimento já esperava essa baixa. “Na hora do corte de salário, alguns voltaram a trabalhar, pois dependemos do nosso emprego, mas já prevíamos esta situação”, explica.
  
No início da noite de ontem, o Governo do Estado informou que, com a recusa da categoria a evoluir na negociação dentro do limite financeiro do Estado, o Governo de Santa Catarina começa a rodar a folha de pagamento aos professores da rede estadual de ensino nesta sexta-feira (17), com o desconto dos dias parados aos professores em greve. Conforme haja a retomada das aulas, o pagamento será efetuado.
  
Com o primeiro mês de greve, são 23 dias letivos perdidos, mais de 10% do total de aulas do ano e 300 mil alunos que deixaram de ir à escola. Os alunos que sofrem mais perdas diretamente são os do 3º ano, que terão prova do Enem daqui a quatro meses. “Estamos preocupados com os estudantes, mas a situação não é culpa nossa, quem criou isso foi o governo”, diz Maria.
  
O maior entrave nas negociações, segundo Maria, é que as propostas do governo não seguem o raciocínio do plano de carreira, onde há 12 níveis, com sete ‘ascenções’ cada, que acrescentam, cada uma 2,75% no salário, de acordo com a qualificação e tempo de serviço.
  
Outro problema é do início dos pagamentos do novo piso. Foi proposto o parcelamento do pagamento aos professores, mas os trabalhadores querem que o valor comece a ser pago em junho, já o governo, diz que só pode pagar em janeiro.

Maria diz que os professores serão consultados para que possam ceder em alguns itens da proposta apresentada, que envolve o pagamento do novo piso, mais os direitos como prêmio educar e regência; e dentro do plano de carreira existente. Tal proposta, o governo não aceita.

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