terça-feira, 14 de junho de 2011

Greve dos professores se mantém

Lages, 15/06/2011, Correio Lageano
  
Mesmo depois de três reuniões separadas, que trataram da greve dos professores, nesta terça-feira, em Florianópolis, a retomada das aulas ainda não foi definida. O governador Raimundo Colombo e o vice Eduardo Pinho Moreira, deputados estaduais da base, o colegiado do Governo e os gerentes regionais de Educação, participaram dos encontros.
  
Após o conhecimento da proposta do governo, a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Estadual (Sinte), Alvete Bedin, reuniu-se com o líder do governo na assembleia Elizeu Mattos (PMDB), o secretário adjunto da educação, Eduardo Dechamps; a deputada Ana Paula Lima (PT) e o comando da greve para tentar renegociar a proposta apresentada pelo Governo do Estado, já que as reivindicações dos professores não foram atendidas na totalidade.

 O governo alega que já atingiu o ponto máximo do orçamento e que não tem condições de “gastar” o que a categoria exige. Afirma, também, que relatou aos participantes das reuniões todo o contexto de negociações com o Sinte, que sempre esteve disposto a pagar o piso salarial e formatar a carreira domagistério. “As reuniões foram importantes para transmitirmos as angústias, passarmos informações e reafirmarmos nosso compromisso com a Educação”, explica o governador Colombo.

 Ressaltando ao colegiado e aos deputados que todas as medidas possíveis já foram tomadas em benefício da categoria e que a categoria não cede, nem com a explicação e os números que mostram os limites financeiros do Estado. Colombo e Pinho Moreira reafirmaram que o Governo do Estado está cumprindo a lei de pagamento do piso salarial aos professores e que será enviada à Assembleia Legislativa a última proposta apresentada ao Sinte, onde o menor valor a ser pago é de R$ 1.483, mais as vantagens adicionais, como o triênio.

 A proposta do Governo contempla 100% da categoria e os ganhos dos professores são de 7% a 44%. Para que sejam atendidos os benefícios aos professores e se respeite a disponibilidade financeira do Estado, o Governo do Estado incorporou os prêmios Educar, Jubilar e de assiduidade. A regência de classe varia de 17% a 25%. A proposta tem o impacto de R$ 22 milhões na folha salarial, enquanto que a proposta do Sinte aumentaria as despesas para R$ 37 milhões.

 “O Governo já atingiu o ponto máximo e o que nós podemos liberar de recursos é isso. Nós estamos abertos ao diálogo, mas queremos que os professores voltem às salas de aulas. Os alunos catarinenses precisam retomar os estudos”, analisa o governador.

 De acordo com Colombo, o Governo do Estado concorda com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do pagamento do piso aos professores e o movimento de greve da categoria e, por isso, não fez o contraponto ao Sinte. Além de abrir o canal de comunicação, o Governo do Estado também quer formalizar um grupo de trabalho com o Sinte para reordenar a carreira dos professores.

 É pedido um prazo de 180 dias para a realização de estudos da tabela salarial, da progressão funcional, da lei dos professores ACTs e o projeto para estruturar as escolas. “Nós demos todas as condições de negociação com o Sinte e estamos cumprindo a lei de pagar o piso, mas o que eles querem o Governo não tem condições de pagar”, reafirma Colombo.

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