Lages, 16/06/2011, Correio Lageano
A greve dos professores da rede estadual de ensino está perdendo força, de acordo com as informações repassadas pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação. A paralisação já dura quase um mês.
Dados da pasta da última terça-feira (14) revelaram que o índice médio de adesão era de 41,5%, menor que o registrado no último dia 6, que era de 55,82%. 876 escolas mandaram informações sobre quem está trabalhando e quem parou.
Na SDR de Lages, que abrange 12 municípios, estima-se que a adesão à greve seja de cerca de 90%. Porém, segundo a gerente Regional de Educação, Fátima Ogliári, ontem, vários professoresprocuraram o órgão e anunciaram que nesta quinta-feira retornam às salas de aulas. Ela acredita que de 5% a 10% dos professores voltem.
Um fator que pode explicar o enfrequecimento da greve foi a proposta apresentada pelo Governo do Estado na última terça-feira, que prevê R$ 1.483,00 para o menor valor a ser pago, mais as vantagens adicionais, como o triênio. A proposta, que será encaminhada à Assembleia Legislativa, contempla 100% da categoria e os ganhos dos professores são de 7% a 44%.
Para que sejam atendidos os benefícios e se respeite a disponibilidade financeira do Estado, o governo incorporou os prêmios Educar, Jubilar e de assiduidade. A regência de classe varia de 17% a 25%. A proposta tem o impacto de R$ 22 milhões na folha salarial.
O deputado Elizeu Mattos (PMDB), líder do governo na Assembleia, tem negociado com os representantes da categoria e afirmou que ontem, numa última conversa, voltou a reforçar que todas as reivindicações apresentadas na terça-feira foram concedidas e que, se os professores voltarem hoje para as salas de aula, o Estado ainda terá tempo de rodar a folha de pagamento com os reajustes requeridos.
“Se eles voltarem hoje, a folha será rodada amanhã e ainda dará tempo de receberem os R$ 22 milhões. Os dias parados não serão descontados, mas deverão ser repostos”, explicou o deputado.
Nesta quinta-feira, a partir das 14 horas, deverá haver assembléia geral no Escola de Educação Vidal Ramos Júnior para os professores discutirem a proposta do governo.
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