quinta-feira, 12 de maio de 2011

Aulas terão só 30 minutos

Lages, 12/05/2011, Correio Lageano por Suzani Rovaris
  
A partir desta quinta-feira (12), até o dia 18 deste mês, os professores decretaram greve na rede estadual de ensino. Neste período, as aulas terão somente 30 minutos. Nesta quarta-feira, cerca de 8 mil professores da rede estadual de ensino se reuniram e fizeram manifestações em Florianópolis, reivindicando o reajuste salarial.

Em Lages, 90% das escolas estaduais aderiram ao movimento. Os professores cobram a aplicação do Piso Salarial Nacional, lei n° 11.738/2008, porém, para o governo, a questão já está resolvida, o piso nacional será pago com a soma de gratificações ao salário base.

Sem decisão satisfatória, depois de um dia de mobilização, a partir de hoje as aulas da rede estadual foram alteradas para o tempo de 30min e permanecerão até o dia 18. A previsão, segundo a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Janete Jane da Silva, é que a partir do dia 18 a rede entre em greve total. “A maioria dos professores votaram a favor da greve”, afirma.

Na EEB General José Pinto Sombra dos 1.046 alunos, somente oito tiveram aula no período matutino e aproximadamente 10 alunos no período vespertino, nesta quarta-feira. Isso porque, alguns dosprofessores da escola preferiram não aderir à paralisação por serem profissionais ACT’s (Admitidos em Caráter Temporário).

À tarde, dos 45 professores que trabalham na escolas, 97% estavam parados e 7% viajaram para Florianópolis para a manifestação. Os professores que ficaram em Lages, passaram o dia todo na frente da escola, exibindo cartazes. O objetivo é pedir o apoio e a compreensão da comunidade, principalmente de pais de alunos. Frase do tipo: “Pais! Contamos com seu apoio nesta luta”; “Todos na luta pelo pagamento do Piso, já!”; e “STF decidiu! Cadê o nosso piso salarial?”, estavam nos cartazes pregados nos muros da escola.

De acordo com o professores, todos os pais e alunos foram orientados durante a semana sobre aparalisação. Inclusive, segundo a professora de Educação Física, Mara Shirley Rossi, a grande maioria apoiou a ação.“É importante ressaltar ainda, que ficar parados na frente da escola não é bom, não gostamos de fazer isso. Essa situação não é melhor do que dar aula”, afirma.

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