Escolas estaduais estão em greve

“Ficaremos em greve por tempo indeterminado”. A frase é de Luiz Carlos Vieira, secretário de formação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC). O anúncio acontece após a primeira reunião entre o Governo do Estado e os trabalhadores sobre a aplicação do piso nacional no estado.

Luiz Carlos Vieira explicou que o Sinte-SC já esperava que o governo não apresentasse nenhuma proposta para a aplicação do piso.  O secretário estadual da Educação, Marco Tebaldi disse que não se chegou a um consenso entre os profissionais e o governo. Ele diz que a reunião serviu para que cada um colocasse sua posição e considerou que o tema evoluiu. “Até agora não fizemos nenhuma proposta porque estamos esperando o acórdão do STF”.

Na segunda feira (23) haverá outra reunião, e Tebaldi disse que, desta vez, o governo pretende apresentar uma proposta ao Sinte-SC. Luiz Carlos Vieira diz que não haverá paralisação total, mas a perspectiva é que entre 80% e 90% dos professores de escolas estaduais parem de dar aula.

O secretário da informação do sindicato diz que as aulas serão repostas “desde que o governo pague”, e garante que será apresentado um calendário para que as aulas sejam dadas após o fim dagreve.

Marco Tebaldi acha a paralisação precipitada. “Enquanto estamos negociando não tem necessidade de parar, a greve deve acontecer só quando se esgotam as possibilidades de negociação”

Na reunião foram apresentados números para os professores. Segundo o governo, o impacto da aplicação do piso nacional, somado aos benefícios e plano de carreira, seria de R$ 1,3 bilhão por ano, mais de 60% da arrecadação estadual, o que fere a lei de responsabilidade fiscal.

Professores fazem pressão desde abril

O primeiro ato pela aplicação do piso nacional foi dia 29 de abril, quando os professores da rede estadual deram aulas de apenas 30 minutos.  Dia 11 houve paralisação geral dos colégios estaduais. Desde o dia 12 de maio, os estudantes voltaram a ter aulas de 30 minutos. Nesta quarta-feira, asaulas pararam novamente.

Assembléia de professores pelo estado

Em Lages acontece, hoje, assembléia de professores da rede estadual, no Centro Educacional Vidal Ramos Júnior, às 14 horas. O professor Reno Vicente, do Colégio Nossa Senhora do Rosário, diz que haverá reposição das aulas, mas que os rumos do movimento serão tomadas somente após a assembléia.

Em todo o estado ocorrerão atos pela aplicação do piso nacional, conforme informado pelo Sinte-SC.

Levantamento sobre estrutura de escolas estaduais está quase pronto

A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Lages, juntamente com a Gerência Regional da Educação (Gered), está preparando relatórios sobre problemas de infraestrutura das escolasestaduais da região.

Segundo a assessoria da SDR, 38, das 46 escolas da região já foram visitadas pelo secretário Jurandir Agostini. Agostini está fazendo relatório com um levantamento de prioridades na infraestrutura dasescolas. O secretário levará o documento ao governo estadual para que os problemas sejam sanados.

A assessoria da SDR diz que, provavelmente, até o fim do mês todos os relatórios já estarão prontos. Paralelamente, os diretores das escolas estão enviando relatórios para a Gered de Lages, a fim de ter levantados todos os problemas das 46 escolas.

Em matérias publicadas nos dias 4 e 5 de maio, o Correio Lageano mostrou a situação das escolas. No Colégio Nossa Senhora do Rosário há um muro caindo. Na Escola Básica de Lages (antigo Colégio Industrial), verificou-se problemas no telhado, parte elétrica e calçadas quebradas.

fonte:http://www.clmais.com.br/index/