quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cerca de 600 professores da rede estadual fazem passeata

Munidos de faixas, cartazes, proferindo palavras de ordens e com nariz de palhaço, cerca de 600professores saíram às ruas nesta quarta-feira (18) à tarde para protestar sobre o não pagamento dopiso salarial da categoria conforme Lei Federal. Eles confirmaram greve geral por tempo indeterminado.


A passeata saiu defronte à Escola de Educação Básica Vidal Ramos Júnior, onde foi realizada uma assembleia regional da categoria. O movimento percorreu algumas ruas da cidade até a Praça do Terminal Urbano. A Polícia Militar deu suporte ao movimento pacífico.


Os professores reivindicam que o Governo do Estado cumpra a Lei Federal 11.738, que trata sobre o Piso Nacional da Categoria, no valor de R$ 1.187,90. Exigem que esse salário seja pago sem a retirada de outros benefícios que fazem parte da folha de pagamento. Hoje, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), o piso dos professores é de apenas R$ 609,00.


A coordenação Regional do Sindicato afirmou que, a partir de hoje, a tendência é que 100% das unidades escolares parem as atividades. O movimento deve atingir todas a 46 escolas da rede na região, totalizando mais de 50 mil alunos.


Em todo o Estado, a expectativa é que o movimento atinja todas a escolas da rede, provocando aparalisação de cerca de 40 mil professores e afetando cerca de 560 mil estudantes.
A greve foi anunciada no último dia 11, em Florianópolis. Desde então, a categoria começou se organizar para fazer com que o movimento se fortaleça. Na última terça-feira, uma reunião foi realizada entre o governo e Sinte, mas não houve acordo. Na próxima segunda-feira (23), uma nova reunião será realizada.


“O piso é lei e tem ser aplicado pelo Estado. Estaremos paralisados até que o governo apresente uma proposta, que é um direito de todos os professores”, declarou a diretoria financeira do Sinte na região, Maria de Lourdes Kumm.


Na avaliação do secretário estadual da Educação, Marco Tebaldi, a greve é “precipitada”. Segundo ele, o governo aguarda o Acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar qualquer medida em relação ao piso. “Não fizemos nenhuma proposta porque estamos aguardando o Acórdão”, diz ele.


Segundo o governo, o impacto da aplicação do piso nacional, somado aos benefícios e plano de carreira, seria de R$ 1,3 bilhão por ano, mais de 60% da arrecadação estadual, o que fere a lei de responsabilidade fiscal.



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